Com a mulher sucede o mesmo. As suas desilusões com o companheiro secam-lhe o fluxo do prazer e por mais que tente, o pensamento não deixa. É o subconsciente a trabalhar. Isto é ultrapassável. Qualquer terapeuta será capaz de fazer regressar tudo à normalidade. Os diabetes, as doenças nervosas, hipertensão, doenças dos vasos sanguíneos, e outras lesões, são muitas vezes causa de impotência temporária. Com as mulheres quase tudo se passa ao nível da cabeça. A mulher convence-se que não consegue ter orgasmo por razões muito diversas. Na mulher, o circuito do amor passa por muitos lados e também pelo clitóris e pela vagina, no entanto, para ela, o orgasmo não tem o mesmo significado do que para o homem. Nem isso a preocupa ou obceca. Muitas mulheres passaram a vida inteira sem sentir o que isso é e foram felizes. O companheiro soube transmitir-lhe amor, dedicação, consideração e carinho. Retomando a ideia anterior, o clitóris está sempre envolvido no prazer. A mulher mais experiente e mais desinibida consegue ter frequentemente orgasmo vaginal. A mulher é a grande senhora do amor e do prazer. Só ela pode transformar um inábil num artista. Só ela pode transformar o sonho em realidade e um impotente em potente. A monotonia do casamento é a fonte de todos os males. Se no campo sexual, esses males se agravam, alastram em tudo onde o homem e a mulher se meta. Falta-lhes dialogo e a descoberta das zonas corpóreas mais cantantes. A impotência e a frigidez são fruto da imaginação de cada um. Viver, devia ser o espaço entre a recordação do último acto de amor e a pujança do próximo acto de amor. Acredite em si. Todos somos potentes e impotentes consoante as circunstâncias. Fique com a certeza que todos somos potentes quando o amor nos desperta e somos convidados à dança mais fabulosa que existe entre um homem e uma mulher.
A VERDADEIRA VIDA RESUME-SE A 50-60 ANOS
O homem tem-se afastado tanto das leis da natureza que a humanidade se encontra à beira da destruição. Suponho mesmo já ter começado a contagem decrescente. Suponho mesmo que Deus já começou a desmontar a estrutura porque o homem traiu a harmonia universal. A SIDA e os flagelos que virão a seguir à SIDA atacam o homem numa área vital e de maneira radical destruindo o desejo, fazendo com que o homem e a mulher evitem deliberadamente o sexo por medo, por pavor, para não morrer. É aqui que reside a tragédia. O que foi a fronteira mágica da vida e do prazer, a sublime grandeza de continuar a espécie, uma autêntica responsabilidade sagrada, transforma-se no fantasma de morte lenta, ao mesmo tempo em que o amor entra em decadência. O amor vai morrer e com ele morre a humanidade. Será que isto é obra de um Deus superior capaz de organizar o universo noutros moldes ou será que desta tragédia nem Deus escapará? Todos trazemos em nós um Deus escondido que espera pacientemente pelo nosso bom-senso. Como é natural, tudo tem limites. Aceite o nosso conselho, pense nele. Ame o seu semelhante, evite a doença provocada por agentes anti-natura e que depois irá transmitir aos filhos que pretende gerar. Evite as companheiras ou companheiros ocasionais. Coma e beba com prazer, mas com moderação. Admire o que Deus pôs à sua volta. A verdadeira vida, resume-se a 50-60 anos. É preciso saber aproveitá-la em todos os momentos. A grande partilha deste mundo, os desentendimentos e a ganância desenfreada começaram no momento em que alguém teve a triste ideia de desenhar um quadrado e declarar peremptoriamente que aquilo era seu. Com este gesto começou a grande partilha. O homem deixou de ser alguém a quem foi dado o privilégio de gozar a beleza do mundo, para se tornar num simples e violento caçador de bens, mesmo que os bens que cace, não tenham grande significado, nem grande utilidade.
O HOMEM AINDA NÃO SE CONSEGUIU ORGANIZAR DE MODO A FAZER UMA DISTRIBUIÇÃO EQUITATIVA DE BENS
Todos os países estão cientes do enormíssimo perigo que os seres humanos correm quando a diferença de nível de vida entre as pessoas é muito acentuada. É estranho como ainda não foi possível realizar uma distribuição mais equitativa da riqueza. Tomemos o exemplo das sociedades comunistas. Depois de setenta anos de vontade indómita de criar um mundo igualitário tornou-se impossível manter essa situação, regressando-se de novo aos padrões do chamado capitalismo que se julgava definitivamente banido, socialmente proscrito e técnicamente ultrapassado. Passadas sete décadas de sacrifícios, volta tudo à forma inicial e os soviéticos têm, outra vez, de ir buscar de novo a famigerada figura do patrão, para que a sociedade possa evoluir naturalmente, para criar riqueza e distribuí-la. Os homens não se esquecem do dinheiro ganho com o suor do rosto. Karl Marx, ao estabelecer o colectivismo contra a economia capitalista, cometeu o erro fatal de destruir a iniciativa individual e de aniquilar o futuro. Enquanto no ocidente, o desafio leva à riqueza e ao progresso, no leste, a economia colectivizada e ausência de sindicatos, levou ao colapso e a uma das mais humilhantes derrotas que há memória desde que o mundo é mundo. Curiosamente, foram países como os Estados Unidos e a Inglaterra que se aproximaram dos resultados previstos por Marx, mantendo o capitalismo e os patrões, aproveitando o seu espírito de iniciativa e capacidade de realização e confrontando-os com os sindicatos, as greves, as exigências dos trabalhadores, as reivindicações mais eficazes na distribuição dos bens. Exigindo a quem o tem e a quem o pode ganhar. No entanto, temos de acreditar que tanto o Ocidente como o Leste, tiveram sempre no pensamento a sociedade ideal que já deveria ter existido, mas que nestes últimos milénios, devido aos erros do ser humano, não tem sido possível realizar. A sociedade preocupou sempre os grandes homens que vieram à terra: Cristo, Buda, Confúcio, Maomé, Karl Marx e os filósofos do Induísmo, criando todos eles e cada um à sua maneira as normas da sociedade ideal. |