Neste caso, que é o mais comum nos homens, há dois caminhos a seguir. Primeiro, ter a certeza de que a companheira não gosta assim. Segundo, caso não goste, modificar o sistema sempre em colaboração com a companheira. Distraiam-se beijando-se e acariciando-se sempre muito ternamente, sem excitações, sem pressas, mesmo que o coração bata descompassadamente. Tenham relações, todos os dias, sempre com muita ternura, muito docemente. No fim das duas primeiras semanas, já você tira todo o prazer da vida, controla o sexo como bem deseja e sem qualquer problema. A companheira pode-o ajudar, deixando-se penetrar e ficando quieta até você se acomodar. Em seguida sinta o prazer de se sentir parte do outro corpo e, agarrando-o bem, segundo a posição que lhe der mais jeito, diga-lhe para fazer contracções de maneira a apertar o órgão que a encanta. Não se excite, deixe-se ficar, utilizando movimentos imperceptíveis, para sentir o seu sexo e deliciar-se com a mulher que ama. Controlado o sistema, movimente-se normalmente, atinja o orgasmo quando entender e quando a sua companheira lho solicitar. Nunca seja egoísta, nem medroso. Se a ejaculação é fora de tempo e com isso sofre a companheira, a excitação tem de ser proporcionada por outros meios, mais sofisticados e mais ousados. Se as primeiras correcções são um pouco difíceis para quem tenta regular o prazer, passados os primeiros dias, tudo correrá com simplicidade. O prazer é redobrado porque um e outro sentem-se profundamente ligados. O que acabámos de dizer, não é novo, tem mais de 2000 anos. Os orientais, sabem como controlar a corrente sanguínea através da concentração espiritual. Os indianos são especialistas em controlar o cansaço muscular e a dor. Nós continuamos a viver a labuta diária, a privilegiar os braços em vez do pensamento. É natural, que aqueles que tomam sedativos, antidepressivos, medicamentos para controlar a tensão ou se metem nos copos, tenham mais dificuldade na ejaculação ou o instrumento não funcione nas melhores condições. Sempre se ouviu dizer que estes remédios, a cerveja e o álcool, sempre tiveram efeitos negativos e sempre deram negas. Como já repararam, a impotência sempre teve causas orgânicas e psicológicas. Os antigos tinham razão em a combater através de vitaminas e hormonas. A vitamina E, considerada a vitamina da fertilidade, foi sempre a preferida. Muitos dos impotentes, são-no devido a pressões nervosas, e a sua recuperação é extremamente simples porque a ajuda pode ser feita pelo médico, ou pela sua companheira. Através da companheira tudo se torna muito mais fácil. É necessário que ela conheça os segredos do amor e da vida. Normalmente a mulher conhece-os por intuição. Ela está sob a influência da natureza que é a suprema e total inteligência, a qual soube criar nos seres que nascem, uma irreprimível atracção, com vista fundamentalmente ao prolongamento da espécie. A curiosidade sexual e, como disse atrás, a natureza, empurra os seres de sexos opostos, um para o outro, com a finalidade de conservar a espécie, por isso, seria lógico que bastasse aos seres humanos só este impulso, para os fazer vibrar e não ser preciso mais nada, para que o homem não sentisse impotência e a mulher frigidez. As pessoas auto observam-se. Isso fá-las sentir diferentes das outras em pormenores que eles julgam de grande importância, mas que na verdade não a têm. Às vezes, basta uma pequena palavra ou uma atitude mais correcta e o problema é resolvido. O homem ganha confiança em si. Torna-se um amante capaz e sem problemas. O conhecimento que hoje a mulher tem do seu corpo, e a força que sabe possuir, têm feito aumentar, sem razão, os complexos do homem, mas também perturbam a mulher porque esta se compara às amigas e vê que as suas reacções não são idênticas. Ela não sabe, ou não é capaz de sentir o prazer que outras sentem por mais que o companheiro se esforce, e então julga que sofre de frigidez, torna-se infeliz e despeitada. A frigidez não é mais do que um exagerado sentido de pudor que inibe a mulher. Esse pudor não a deixa extravasar toda a vibração que lhe vai no corpo. Ela apetece-lhe gritar de prazer, de alegria e por que não, de luxúria? Não é capaz. Sufoca o prazer, retém a vibração interior, e tantas vezes o faz, que a zona sexual parece sofrer com isso e deixa naturalmente de responder no tempo normal. Outras vezes, a mulher começa a rejeitar o companheiro pelas mais diversas razões. Ela não pretende ter relações com ele. Evita e foge. O companheiro insiste porque tem necessidade. Ela, fá-lo contrariada, embora não lho demonstre, e é uma autêntica desgraça. Uma secura tremenda. Não tem prazer. Invade--a a tristeza. Passa a ser um mero receptáculo onde o companheiro despeja as suas ânsias. A mulher permite que o faça para não arranjar complicações. Cada dia, agrava mais o seu sofrimento. Outras mulheres transportam com elas um sentimento de culpa que nem elas próprias sabem explicar. Foram as condicionantes sociais que as tornaram assim. Exageradamente castas, passaram toda uma adolescência e juventude sem que experimentassem uma masturbação solitária para, pelo menos, saber como reage o corpo nesse campo. Quando casam e os filhos vêm seguidos, os problemas começam a agravar-se desde que além das tarefas domésticas, trabalhem fora. A mulher, ao chegar a casa, ao ter de preparar as refeições, tomar conta dos filhos, lavar e passar a roupa está bastante cansada, se a juntar a isto, não tem um companheiro que a compreenda, e lhe dê um pequeno estímulo, então está tudo estragado, porque a mulher reage de forma diferente ao sexo. Não é por acaso, que enquanto o homem utiliza só um órgão para urinar e para fazer amor, a mulher tem dois canais distintos. Isso quer dizer muito. A muitos homens falta-lhes sensibilidade para entender os anseios e as aspirações femininas. O homem procura a novidade. A mulher cultiva o amor. O amor na mulher, embora não pareça, vive-o mais na cabeça do que no coração. Enquanto o homem e a mulher não souberem juntar o prazer sexual ao prazer intelectual, na tentativa de coordenar os mesmos gostos, de viver em comum as grandes situações, e de trocar permanentemente um afecto, será muito difícil atingirem as estrelas, percorrerem os céus e descer outra vez ao paraíso terreno, vivendo em cumplicidade permanente. Pelo que acabámos de escrever todos compreenderam que tanto a impotência como a frigidez são doenças. Por isso as chamámos a "capítulo". Mas são doenças especiais, para mim, mais do que doenças orgânicas, elas são doenças do foro psicológico e portanto perfeitamente ultrapassáveis. Como também ficou entendido, nenhum homem é sempre potente. Há momentos em que ele não consegue, devido a variadíssimos factores como seja o cheiro desagradável da companheira, um corpo que ele não contava e lhe causa repulsa, uma imagem que lhe surgiu na mente no preciso momento em que a festa ia começar e, o "foguete", nem levantar é capaz. |