M
Se os espíritos são iluminados Por outro ser que não o deles, Tu és a minha luz, meu amor. És o facho brilhante e quente Que me dita as passadas E que mesmo em noites fechadas Eu te sinto intensamente em mim. Luz e amor, olhos ardentes São os teus que me acalentam. Os teus lábios embriagam-me, O teu corpo impele-me para si. E toda e tudo em ti, Meu amor! Tu és o meu mundo, és os meus passos, És a minha dor. És o caminho que vou seguir.
Lisboa
M
Ouvi os teus olhos. Falaram-me. Senti-os. E com que calor! Diziam que amavas Este pobre ser que te adora. Não sei que possa concluir, Mas tu olhaste-me tão intensamente Que eu fiquei fulminado Por esse olhar ardente. Se me amas eu adoro-te, Se me queres eu desejo-te. Se me incitas posso perder-me. Quando, quando nos havemos de querer Sem do mundo nada temer Mais do que a nossa consciência?
Lisboa |
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