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A todas as mulheres do mundo que, envergonhadas nas aras
do preconceito, se esquecem de viver a vida com toda a força do seu
coração e da sua inteligência.E ao meu amigo, Manuel da
Silva Guimarães, que há 14 anos explorou comigo o espaço
proibido onde os espíritos flutuam e onde ele hoje se encontra.
Este livro é uma singela homenagem à mulher
que lutou contra a discriminação no mundo. A ela se opuseram
os Serviços Secretos de duas potências mundiais.
Nesta primeira abordagem, dou uma visão do seu percurso e digo como
se processou o atentado que a vitimou.
Num segundo livro, e adoptando um processo invulgar, talvez consiga apontar
os culpados, se eles o permitirem...
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OS HOMENS SÓ DEVIAM SER CONSIDERADOS
ADULTOS
A PARTIR DOS 35 ANOS
Apesar de o homem ser uma criança quase toda a vida e só por
volta dos sessenta anos estar um pouco mais sensível e sensato, temos
de lhe conceder o benefício da vontade em querer acertar no que diz
e no que faz, para o considerar adulto aos 35 anos e apto a respeitar o ser
do sexo oposto.
O que acabo de dizer é fruto de um estudo de mais de 40 anos e vem
a público por causa da infeliz morte de Diana, princesa de Gales.
Repito: os homens só deviam ser considerados adultos aos 35 anos e
com sérias reservas.
Podia haver um segundo bilhete de identidade de adulto que só deveria
ser passado depois de o homem ter respondido a perguntas sobre amor, vida
familiar, trabalho e relações públicas.
O homem é uma criança trôpega e infeliz.
A mulher nasce com a marca dos deuses. Só erra quando influenciada
negativamente pelo homem.
Diana foi vítima de um adolescente imaturo a quem a sociedade concede
a maioridade por uma questão de pressa.
É um mundo suicidário que teima no erro, no egoísmo e
na força irracional dos homens.
A MULHER QUE TODOS OS HOMENS SONHAM
E TODAS AS MULHERES
GOSTARIAM DE SER NÃO AGRADOU A CARLOS
A vida é complicada até para os príncipes. Ninguém
está feliz com o que possui; Carlos não fugiu à regra.
Diana a doce, a mulher tímida, a mulher sensual sem agressividade,
a mulher elegante, fazia mais sonhar do que perder a cabeça dos homens
e das mulheres. Ela tinha o carisma dos predestinados. Carlos não entendeu
que tinha casado com uma mulher excepcional. O que para milhões era
evidente, para ele não passou de um acto imposto.
Ele teria pensado que era um dever. Ela servia a casa real e os deveres não
se agradecem.
Diana gostaria de sentir um Carlos amável e amoroso. A sua distância
desesperava Diana. Ela necessitava de atenções, de pequenos
mimos. Carlos continuou insensível e exagerou nas suas escapadelas
até Camilla.
Diana veio engrossar a galeria de mulheres proibidas de serem felizes.
Maria Callas, Marilyn Monroe, Rita Hayworth são o rosto visível
de personagens criadas em romances que nos dizem que as mulheres suspiram,
têm emoções e amam fora do circulo em que são humilhadas.
A mulher revela-se com docilidade e só foge para os braços de
outro homem porque o que escolheu não a entende, não a satisfaz,
não é o homem que lhe merece respeito.
Diana suportou tudo menos a infidelidade continuada e assumida.
Diana sabia da vida o que a intuição lhe ensinava.
Sabia conter-se, sabia ser elegante, e bonita sem ser arrogante.
Aos prazeres e aos contactos violentos ela preferia a doçura, o encanto,
a palavra amável, a frase de amor, uma rosa.
Mas o homem, todo o homem normal é um anormal nas coisas de amor. É
violento por sofreguidão e sádico por instinto.
Os homens, quando são desastrados, não há nada a fazer.
Diana era suave e gentil. Não suportava a dor física, nem a
posse violenta. Isso perturbava-a, desorientava-a. Para Diana, o amor era
o reflexo da palavra e tudo quanto de terno e carinhoso tem a entrega de uma
mulher na união com o homem.
A simplicidade de Diana, a sua naturalidade esteve patente em todos os seus
actos; desde os mais simples aos oficiais e aos protocolares. Ela manteve-se
sempre uma mulher sem afectação.
Os pintores Richard Foster, Emily Patrick, Nelson Shanks, Israel Zohan, Douglas
Anderson e Henry Mel mostraram-na como a sentiram. Ela não comentou.
Cada um podia vê-la como entendesse.
Diana era demasiado bela para que eles conseguissem captar o corpo, os sentimentos
e a expressão.
Todas as pessoas que conheciam Diana adoravam-na. Observe-se o riso feliz
de Jacques Chirac, de Madre Teresa de Calcutá, de Grace Kelly. Todos
seduzidos pelo encanto e pela naturalidade da princesa. Só Carlos conseguiu
o impossível: não amar Diana.
É fundamental que os homens tenham lições de amor desde
o berço. Salvava-se o mundo e não tínhamos de assistir
a tantos dramas e a tantas tragédias.
O amor devia ser uma disciplina autónoma e obrigatória desde
a pré-primária até à saída da universidade.
A mulher não precisa destas lições. O amor é inato.
Nasce com ela e, muitas vezes, sufoca-a. É o amor de mulher, de mãe,
e de amante que ela não consegue separar. |
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