Nunca seja parasita ou comodista. Não tem necessidade. Tem inteligência, duas pernas e dois braços e vontade de sair da pequenez onde está confinado. A sua inteligência abarca todo o mundo, por isso, se a usar em Portugal ou no resto do seu País que é a União Europeia, ainda lhe sobra muita massa cinzenta para saber que pode ser rico e feliz e contribuir para a riqueza e felicidade dos outros. Os seus filhos ao nascerem, tenham nascido em berço de oiro ou em casa modesta, têm à sua disposição o Infantário. Para usufruir dos Infantários basta contactar os Organismos postos à sua disposição pelo Estado. Esforce-se um pouco, procure. Tem cabeça para pensar e pernas para andar. Àqueles que se desculpam com a frase sempre molemente repetida: "não há trabalho". Eu respondo interrogativamente: não há trabalho? Olhe à sua volta. O que vê agrada-lhe? Como já entendeu, ainda há muito a fazer e somos poucos. Somos tão poucos que têm de vir outros de fora para fazerem aquilo que você não quer fazer. Há trabalho aqui e em toda a Europa. Os desempregados são gente atrasada, ignorante, ou tolos que preferem viver de mão estendida à espera de subsídios de sobrevivência. Falo de gente desempregada entre os 20 e os 50 anos. Como percebeu é a indignidade, é a perda de brio, é o desinteresse que transforma o ser humano num mendicante. Tenho de ser franco, se em vez de trabalhar preferir viver à custa dos outros, de passar ao degrau do coitadinho, a sua respeitabilidade está muito debilitada. Só o trabalho e a inteligência são os suportes do ser humano. E se não arranjar trabalho, invente você trabalho. Crie a sua própria empresa. O Estado é fraco, mas neste caso, sempre o pode ajudar. Lembro-me que, há poucos anos, um engenheiro, acabado de sair da Universidade, não encontrou trabalho, ele foi para limpa-chaminés. Passado tempos criou uma empresa, altamente rentável neste ramo. Vários jornais falaram no caso. Se unir a teoria à prática e se não ficar inchado com doutorices, vai ver que é muito mais simples arranjar trabalho do que pensa. No livro, "Olá Juventude", em preparação, e que o coloquei na Internet www.cunhasimoes.net ; para o completar aí, tento abrir caminhos através de exemplos onde estou envolvido. Ainda não terminei esse livro porque tenho sempre outras ideias para desenvolver.
A pouca cultura, de mais de metade do povo português, faz que ele só entenda aquilo que lhe entra pelos olhos dentro. Depois do 25 de Abril houve comediantes que aproveitaram as portas do democratismo para disseminar, subliminarmente, os seus próprios desejos; a indignidade, a sida e as fezes mentais, destes energúmenos, sob a exagerada e acéfala protecção da palavra democracia. Alguns histriões atingem o clímax da obscenidade sexual, repugnante, ordinária quando actuam nas democráticas e permissivas televisões, o que induz as classes, menos esclarecidas, a comportamentos reprováveis em animais irracionais, quanto mais em seres humanos. Estes farsantes sabem que ao proibirem-lhes os programas verão aumentar o seu proteccionismo, porque argumentarão em seu favor com a liberdade de expressão. Ninguém ousa, tal como já se faz para o tabaco e o álcool, colocar, estes impropriamente chamados programas de entretenimento, em horas onde é costume passarem-se filmes pornográficos, mas muitas vezes, com muitíssimo menos pornografia do que os programas destes bobos, cheios de dinheiro, à custa da contaminação infame de um país de crédulos. O dinheiro gasto pelas televisões com estes histriões podia ser canalizado para os tais programas de qualificação que a União Europeia exige para nos podermos igualar aos países mais ricos da Europa. Tenho a certeza que as audiências se manteriam desde que as pessoas soubessem que isso era do seu interesse.
Portugal só é ingovernável porque os políticos não são bons gestores. Eles rodeiam-se de assessores sem qualidade. O resultado está à vista. Um País, ávido de conhecimento, só não avança porque os seus dirigentes são ineptos. Deixam-se influenciar pela cegueira nacional, pelos demagogos, pelos bota-abaixo, pelos invejosos, pelos imbecis e por aqueles que, não sabendo de nada, falam de tudo e têm ao seu dispor os meios de comunicação. Quando os políticos compreenderem que um País que privilegia o saber e todas as tecnologias de informação é porque quer aprender então o país ganhará rumo. Oitenta por cento dos portugueses possui telemóveis e quase cinquenta por cento utiliza a Internet, será que, com estes valores, os portugueses são mais incapazes do que os alemães, os suecos, os noruegueses ou os Japoneses? Os políticos estão à espera de quê? Caro leitor guardei durante quase 30 anos factos que considerava como abastardamentos do carácter português, hoje comecei a levantar a tampa... Muitas vezes somos pequeninos, o Povo diz miudinhos, a actuar em determinadas circunstâncias. Isso não pode continuar a acontecer. Os responsáveis pelo País, os políticos têm que pôr acima dos seus humores ou das suas conveniências o interesse de Portugal. Aquilo que neste momento, finais de 2004, princípios de 2005, acontece faz-nos bater no fundo. Se não estivéssemos na União Europeia, Portugal seria orientado pelo Fundo Monetário Internacional, o que nos guindaria ao clube dos alienados, ao dos menores mentais, ao rebotalho do mundo. Será que estamos mesmo no fim? Será que perdemos todas as nossas capacidades? Que a regeneração de células se deixou de processar? Que estamos ao nível dos povos que fazem guerras, por tudo e por nada, e de outros que começam guerras sem saber como as hão-de terminar e se assumem como democratas e gente decente? Aqui há anos publiquei uma novela, "Há mulheres que não se esquecem". Procure na Internet em www.cunhasimoes.net ; com o subtítulo, Diana. Nesse livro digo que os homens só deviam ser considerados adultos a partir dos trinta e cinco anos. Julgo que me enganei. Tenho que alargar o tempo em muito mais anos. Claro que me incluo no lote. Antes que sejamos incinerados no fogo da global estupidez, peço aos políticos, ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, aos Ministros, aos Secretários de Estado, aos Deputados e a todos os Presidentes das Autarquias que pensem em Portugal, no futuro dos seus próprios filhos e de todos os portugueses, caso contrário iremos entrar, fatalmente, no caminho da total irresponsabilidade. Mesmo sem qualquer revolução visível, o Povo tomará os políticos como títeres risíveis, nunca mais os respeitará e cada um fará o que bem entender. Estamos a um passo para que isso aconteça. Não haverá prisões para comportar tanto descontente. É a revolução pacífica da qual todos sofreremos as consequências. Não podia calar, por mais tempo, esta dor que é ver destruir Portugal, o nosso País, por gente acriançada que teima ir para um cargo público como se fosse para a sua retrete. É por amor e por desespero que vos peço: salvemos Portugal. Ponhamos de parte o amadorismo, os melindres, a arrogância, a importância, ponhamos de parte as birras infantis. Salvemos Portugal. A demissão do Governo pelo Presidente da República e o pontapé no rabo aos deputados foi o tsunami português. Cair mais baixo é muito difícil. Já não restam senão os dedos. É com eles, e com a inteligência, que temos de levantar Portugal. O português tem de deixar governar quem governa. Tem de aceitar sacrifícios para Portugal voltar a navegar. Tem de acreditar em si e aceitar o trabalho que houver, depois muda. O Governo não pode beneficiar as clientelas só por causa do voto, do barulho e da colagem de cartazes. As pessoas têm de mostrar valor e obra, caso contrário, o Governo que for eleito, sujeita-se a graves consequências. Nas páginas anteriores dei exemplos elucidativos. Quem não quiser entender, não entenda, mas depois também não se queixe ou deite as culpas para o povo. O Povo português tem tanto de doce como de rude. Não estiquem mais a corda. Acima dos interesses pessoais, das birras, das ofensas mal digeridas, das teimosias e dos orgulhos está Portugal. Os Portugueses aceitarão qualquer vencedor, desde o PCP, o BE, o PS, o PSD-PPD, ou o CDS-PP. Os Portugueses querem ser bem governados. Por Portugal todos daremos a vida. |
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