CASA FERNANDO PESSOA

ESTRELA - AQUEDUTO

Tome o eléctrico 25 ou 28. Tem ainda os autocarros 9-20-22-27-38, vá olhando o traçado e o casario à volta. Aproveite para dar uma saltada ali à rua Coelho da Rocha 16.Visite o Centro Cultural Fernando Pessoa. O poeta espera-o na sua casa. Mostra-lhe os seus escritos, os horóscopos dos seus heterónimos, a mesa de trabalho, a sua vida. Pode ser que aí seja surpreendido com alguma conferência, leitura de poemas ou outra qualquer actividade cultural.

Regresse à Basílica da Estrela. Olhe o templo que data de 1790, observe a fachada de colunas encimadas pelas estátuas da Fé, Adoração, Liberdade e Gratidão. Ladeando o conjunto, duas torres sineiras. Na cúpula o Zimbório de onde se desfruta uma interessante vista sobre Lisboa. O templo, de uma só nave e de capelas laterais, está decorado com pinturas de Pompeu Botoni e Pedro Alexandrino, alberga o túmulo da fundadora, a rainha D. Maria I. Tel. 21 396 09 15.

Agora aproveite para distender os músculos das pernas e respirar a plenos pulmões o ar puro da única capital do mundo ainda sem poluição. Entre no jardim em frente. Repouse corpo e olhos. Os lagos e os arbustos convidam-no à meditação. Vai encontrar o coco-de-cachorro, a árvore orquídea, jacarandás, dragoeiros, bananeiras e um conjunto diversificado de aves que, enquanto descansa, o deliciarão com os seus simpáticos e nada barulhentos trinados.

Desça agora em direcção ao Rato. Ao fundo encontra o imponente Convento das Trinas, de portais maneiristas assim como a sua preciosa capela mor do mesmo traço, o altar barroco e as pinturas ítalo flamengas da mesma época. O convento ficou sob a orientação das religiosas da Santíssima Trindade. O começo da construção remonta ao século XVII (1614) e servia para recolhimento de "mulheres de nobre estirpe".

Continue o passeio, volte à esquerda, vai encontrar a Mãe de Água, estação terminal para as águas que alimentavam Lisboa desde meados do século XVIII. Faça-lhe uma visita, observe a grandiosidade e a simplicidade de uma construção complicada com paredes de 5,14 m de espessura e uma bacia com a capacidade para 5.500 m.c.

Subindo a rua das Amoreiras, encontra adossada a uma das colunas do Aqueduto a Capela de Nossa Senhora de Monserrate, tendo na fachada um frontão e uma cruz de azulejos dos finais do século XVIII. No interior tem de interessante a capela mor com um balcão assente sobre cachorros semelhantes às varandas rústicas e os valiosos azulejos do Rato. Continue sempre em frente, pelo lado que saiu e só pare quando os prédios não o deixarem passar, suba até avenida Marquês da Fronteira, corte imediatamente à esquerda. Trezentos metros adiante vai encontrar na Calçada da Quintinha o Aqueduto das Águas Livres que é um espanto de grandiosidade e elegância. Vem de Belas. Tem mais de 59 quilómetros e ali onde se encontra tem um vão de 65,25 metros de altura. É o maior arco de pedra em vão conhecido em todo o mundo. Só neste Vale de Alcântara o Aqueduto possui 35 arcos, 21 de volta perfeita e 14 ogivais.

Depois de admirar este cântico em pedra por onde o barroco se passeou tome agora um autocarro e vá descansar e meditar no que viu até chegar a hora da noite lisboeta. Divirta-se.

PARQUE DAS NAÇÕES

Depois de se embeber no perfume da Lisboa milenária mergulhe no Parque das Nações e observe o rejuvenescimento de Lisboa na caminhada para o terceiro milénio.

Aqui, Lisboa, espreguiça-se no futuro. Recebe nos seus braços o bem estar, a prosperidade, e a felicidade de todos aqueles que vivendo as comodidades do futuro sabem preservar o passado na Lisboa "das outras eras"

O Parque das Nações torna-se o maior centro viário do país. Aquí confluem os Autocarros, o Metro e os combóios na interessante Gare do Oriente.

A visita ao Parque das Nações é obrigatória para todos aqueles que desejam ver o futuro e caminhar nele.

Visite o Oceanário, Tel 21 891 70 02 e o Pavilhão do Conhecimento Tel. 21 891 71 e verá se não tenho razão.

ARREDORES:

SINTRA

Verdadeiro templo sagrado do romântico, Sintra é um lugar que transforma todos os visitantes em reis, príncipes e princesas, todos vivem a beleza e a sedução de um tempo que está presente nos edifícios e na memória envolvente.

Foi conquistada em 1147 por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal e ainda parece que foi ontem. Tudo está quase na mesma ou seja, com os pequenos acrescentos e rendilhados do progresso.

No coração de Sintra ergue-se, desde a Idade Média, o Palácio Nacional com duas imponentes chaminés que recordam os fumos do passado, a vida faustosa dos habitantes, sonhando pelas veredas dos jardins suspensos, pelos pátios de Diana, do Banho e do Leão ou, no interior, pela sala dos cisnes, pela sala dos Brasões, pela sala das pegas, pela ala Manuelina, pelo Terreiro de Meca ou compungidos na capela gótica pelo tempo em que um rei D. Afonso VI (reinou de 1656 a 1667) perdeu o trono, perdeu a mulher a favor do irmão e perdeu a liberdade ficando prisioneiro (1667 a 1683) nesta prisão doirada onde se encontra a mais impressionante colecção de azulejos mudéjar do mundo.

Sintra é a descoberta: o Castelo dos Mouros, o Palácio da Pena, verdadeiro hino ao revivalismo medieval e ao sonho romântico de um passado onde a quietude e o amor calmo era a aspiração comum. A porta árabe, o mobiliário, os frescos e as pinturas dão a ideia da vida desse tempo. O traço é dos arquitectos Possidónio Silva e do barão Von Eschwege. Foi mandado construir, sobre as ruínas de um velho mosteiro de que resta um claustro e uma interessante capela, por D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, marido da rainha D. Maria II.

Além de todo o museu que é Sintra no seu conjunto, de Monserrate ao Palácio dos Seteais, o Palácio do Ramalhão, ainda pode visitar a Casa museu Ferreira de Castro ou a Colecção Berardo, no antigo casino e o enigmático mundo do oculto na Quinta da Regaleira onde o poço iniciático e o Terraço dos mundos celestes o transportarão ao mundo das interrogações.

Sintra é Património da Humanidade.

Se optar ir a Sintra de comboio, a estação é a do Rossio. A viagem demora cerca de 50 minutos e, logo na estação seguinte, Campolide, não deixe de observar alguns arcos do Aqueduto das Águas Livres.

Mais informação: Tel.: 219231157

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