POEMAS E CANÇÕES DE AMOR PARA TI

AMO-TE ASSIM

 

Amo-te assim

Sem enfeites nem disfarces

Ungida pela água.

Cabelo corrido pelos ombros,

Olhos brilhantes de alegria e volúpia

Toda amor mar e harmonia

Como se tivesses descido do céu

E uma nuvem fosse o longo véu

Que nos envolvesse eternamente.

COMO SOU FELIZ

 

Quando tenho a certeza

Que não és ilusão, nem sonho

É uma sensação tão emocionante

Um sentimento de amor tão profundo

Que trocaria todo o mundo

Para viver só contigo

Para ser só teu.

QUERO-TE COMO O MAR REVOLTO

 

Quero-te como o mar revolto

Para nele saciar o corpo

Para nele saciar este desejo imenso.

 

O mar, eu sei, é pequeno

Para tamanha paixão

Para tanto sofrimento

Quando estás longe de mim.

 

O mar é só uma parte

Deste sublime amor

Em que nos envolvemos.

NO TEMPO QUE PASSA

 

No mar que navego

Na voz que oiço,

No corpo que possuo

No tempo que passa

Só tu, tens o saber da vida,

O sentido das emoções

O instintivo talento do amor,

O toque imprevisível

Que torna um prazer eterno.

 

Só tu, com os teus expressivos olhos

O sussurrar do coração entre os dedos

Conheces do amor os segredos

E assim fascinas, assim cativas.

A HARMONIA NATURAL DA VIDA

 

Quando estou contigo

Todo eu canto

A harmonia natural da vida.

 

E canto, canto

Sem disfarces ou inibições

O amor

E todas as emoções

Que esta singular paixão determina.

SONHEI O TEU CORPO

 

Sonhei o teu corpo

Como o pintor

Sonha a sua tela:

De formas doces

Ternamente delineadas

A necessitarem de amor.

 

Descobri o teu pensamento

Na minha boca

E senti que ela ficou louca

Por te beber.

OS DIVINOS MOMENTOS

 

O cheiro do teu corpo

Provoca

A fúria da posse.

 

E quando te possuo,

No estertor

Desse inesquecível prazer,

 

Agradeço a Deus

Os divinos momentos

Em que unimos corpos

E sentimentos.

 

Finalmente, somos nós.

A ETERNIZAÇÃO DO TEMPO

 

Quando no êxtase máximo da posse

Te dói corpo e alma

E vagueias noutros céus

Sinto em ti a essência de Deus

Que implora a um simples mortal

A eternização do tempo.

O CÂNTICO DA FELICIDADE

 

Quando beijo os teus olhos

Paro o tempo no teu corpo.

 

Tu és o equilíbrio.

 

O pêndulo da vida

O cântico da felicidade.

SEI QUE TE AMO

 

Não exagero no amor

Que te dedico.

 

Sei que te amo

Como amo o infinito

Que vejo em pensamento.

 

Sei que te amo

Como amo a Deus

Num misto de louvor

De sabedoria e incerteza

Cuja infinita beleza

Só é acessível aos eleitos.

RECRIASTE O AMOR

 

Recriaste o amor

No teu corpo.

 

Deste-lhe a ciência

Do tempo,

O carinho,

A doçura.

 

Em ti

Saboreio a vida.

BEBO EM TI O PRAZER DA VIDA

 

O teu corpo é um íman

Fértil em sonhos, actos e paixões.

 

E quando nos meus braços

Te aperto

Sinto o teu amor

Na minha boca.

 

E bebo em ti a vida.

PROCURO NOS TEUS

OLHOS O SABOR DO VENTO

 

Procuro nos teus olhos

O sabor do vento

O canto das aves

O encanto da vida

O sublime prazer.

 

Procuro-te os seios

Os lábios

As curvas colossais

Que gemendo em doces ais

Me transportam ao infinito

Ao amor

Ao sonho

À realidade

Nesse corpo vibrante de ansiedade

Quando te possuo.

 

Amar-te

É sorver a vida

É sentir-te deliciosamente

Só minha.

É O TEU CORPO

 

É o teu corpo

Desnudado, mudo e quente

Onde as sensações se inebriam

E as paixões se saciam

Que eu procuro.

 

Possuir-te

É entrar no paraíso

Onde os anjos

Cantam em coro

As alegrias do prazer

Violento e sensual.

ESTE DESEJO CONSTANTE

DE AMAR

 

Só contigo satisfaço

Este desejo constante de amar

Esta ansiedade.

 

É contigo que eu sinto

Rir de alegria o corpo

Numa saudação

Ao amor sobrenatural

Em que nos envolvemos.

SÓ PARA TI

 

Só para ti

Que amo mais que ao mundo

Posso dizer o que não devo.

 

Ter pensamentos que nunca pensei.

Dizer palavras que nunca conheci.

 

De tanto te amar, tenho medo

De viver

No terreno infinito das ilusões.

NÃO TENHAS MEDO DE AMAR A VIDA

 

Não tenhas medo de amar a vida

De lhe entregares

Toda a força dos teus sonhos,

Dos anseios escondidos

No sacrário dos teus pensamentos.

 

Ama-me

Como se hoje fosse o último dia

E nunca mais nos encontrássemos.

 

Somos os dois fogo, terra e mar

E incapazes de nos saciar

Viveremos na eternidade

Ligados um ao outro.

CONTIGO É SEMPRE

UMA NOVA EXPERIÊNCIA

 

Contigo é sempre uma nova experiência

Um novo jogo

Onde o amor se confunde com o prazer

E corpo e espírito tomam forma.

 

Nessa dança onírica de fogo

Toda a vida se renova.

 

As estações do ano não contam;

É sempre primavera

Quando estou à tua espera

E tudo se passa tumultuosamente

Nesse fascinante encontro.

NUNCA SENTI TANTO

UMA MULHER

 

Nunca senti

Tanto uma mulher

Como quando te agarro

Como quem agarra um sonho

Tornado realidade.

 

E nessa orgia farta

De delírios

Unimos corpos

Esquecemos o mundo

E vivemos o prazer

Até à saciedade.

 

Até à exaustão.

TU ÉS O FRUTO EXUBERANTE

 

Tu és o fruto exuberante

A beleza, a sedução,

Onde o sexo

E o céu se confundem.

 

Tu és

A alegria espiritual,

O prémio

Daqueles que sabem

Que este mundo é o paraíso.

 

E tu, a sua mais bela e fugaz aparição.

SOMOS UM SÓ

 

O teu olhar assustado

O teu coração pulsando

As tuas faces afogueadas

Onde os meus beijos como brasas

Encontram os teus beijos,

Saboreiam o teu corpo,

São a recordação,

O sonho mais perfeito

Da vida que vivemos.

 

Esquecemos o mundo

Aquilo que fazemos,

Somos um só.

TENHO NO MEU CORAÇÃO

A TUA ALMA

 

Tenho no meu coração

A tua alma

E nos teus beijos

O meu pensamento.

Sinto no meu corpo

O teu corpo

E o pulsar ardente e sequioso

De um prazer nunca saciado.

O TEU OLHAR

 

O teu olhar

Suplicante.

 

Insatisfeito.

 

Completa-se no meu olhar,

Nos desejos e ambições,

Na tensa atmosfera da vida.

 

O teu olhar

Quer

Intensamente a felicidade.

 

Aqui tens.

 

Sou o zéfiro que procuras.

QUANDO TE SINTO INQUIETA

 

Quando te sinto inquieta

Insegura e triste

Procuro nos teus olhos

O brilho da adolescência,

Essa chama misteriosa

A que não resisto

Por te saber infeliz.

 

E mais te amo, mais te quero

Numa angústia desesperada

De transformar essa dor

Na maior prova de amor

E ser eu a sofrer

O desencanto do mundo.

OS TEUS OLHOS

 

Os teus olhos

Como eles riem

Quando fazes amor.

 

E no êxtase

Em que mergulhas

Nesse ritual indescritível

De prazer e sofreguidão,

Os teus olhos

Suspiram.

 

Gemem prazeres.

 

Nunca vi assim outros iguais

Que pedindo sempre mais e mais

Perturbam-se, enlouquecem.

 

Nesse mesmo instante,

O teu peito ofegante

Cai desamparado nos meus braços.

A TUA VOZ

 

A tua voz

É o sino doirado

Que toca a meu lado

E me faz perder.

 

Ouvir-te é ouvir os anjos

Num coro divino, celestial

A que eu não posso resistir.

 

A tua voz, minha querida,

Torna a minha alma perdida

Por te querer, por te querer.

SOU VIRGEM NO AMOR

 

Não tenhas ciúmes

Do passado

Que passou.

 

Dos sonhos que tive

E esqueci.

 

Tem-me.

 

Sou virgem no amor

Que sinto.

 

Na paixão que me arrebata.

 

Não tenhas ciúmes.

 

Tu sentes

Quando unimos corpos

Que o prazer de te possuir

É a delícia infinita

De quem só conheceu um amor.

OS TEUS CABELOS

 

Os teus cabelos.

 

Gosto deles doirados

Como o fogo.

 

Iguais a ti.

 

De imprevisíveis labaredas

Devorando paixões

Calculada e serenamente.

 

Mas em ti, tudo é natural

Elegante, perfeito, meticuloso

E os teus cabelos são os mais belos

Quando os aperto nos meus dedos

E tu finges que eu sou o todo poderoso.

SINTO NA ALMA

O FRIO DA NOITE

 

Sinto na alma

O frio da noite

Quando os teus olhos

E a tua boca

Não sorriem.

 

Sinto na alma

O frio da noite

Quando não saboreio

O calor dos teus lábios.

 

O estranho bailar

Desta estranha paixão.

OS TEUS DESEJOS

 

É o equilíbrio do teu corpo

A beleza da tua suavidade

Os teus desejos,

A inocência da tua maldade

Que me despertam.

 

Tu és o símbolo do efémero

Que eu desejo guardar.

 

Tu és o mármore esculpido

Que mesmo depois de possuído

Continua fresco e deslizante.

 

Tu és a mulher peregrina

Que estando escrita na minha sina

És primavera, outono e amante.

O TEU SILÊNCIO

 

O teu silêncio

Os espaços vazios

Sem a tua presença

Provocam em mim

A insegurança.

 

Pressinto a mistificação,

O engano

A duplicidade

De uma vida oblíqua

Onde eu não quero entrar.

AO PENSAR EM TI NÃO

SEI SE VIVO

 

Ao pensar em ti

Não sei se vivo

Se um sonho perverso

Me prende a esta vida

E tudo pode acabar.

 

Nesses momentos de angústia

Invade-me a insegurança

Que me dilacera.

 

E fico eternamente à tua espera

Como se tu fosses Deus

E eu, o teu mais fiel amante.

NÃO TE DEVO AMAR

 

Não te devo amar

Meu amor.

 

Pelas convenções sociais

Não és minha.

 

E eu, monstro

De lascívia e prazer

Transformei-te noutro ser

Só para minha satisfação.

 

Não posso, não devo

Continuar o feitiço

Que te lancei.

 

Tu e eu somos casos especiais

Que procuramos Deus

Nos braços um do outro.

TU FAZES-ME SOFRER TANTO

 

Tu fazes-me sofrer tanto

Que eu próprio me espanto

Da capacidade de amar.

 

É o ciúme que me fere

É a mente que me dói.

 

Dói-me a alma, o corpo, o pensamento

Mas amo-te tanto neste sofrimento

Que me desconheço.

LÁGRIMAS NÃO

 

As tuas lágrimas

Despedaçam a alma

Queimam a carne

São a dor mais funda

A morte mais lenta

O sofrimento insuportável

Que me destroem.

 

Lágrimas não

Minha querida.

 

As tuas lágrimas

São gritos lancinantes

Que vejo sair do teu peito

Que eu beijo

Como se beija um sacrário.

 

As tuas lágrimas

São o sudário

Que eu não mereço.

Fazem-me sentir

Indigno de ti

Que me dás tanto amor.

 

Lágrimas não.

Elas desfazem-me.

E eu quero viver

Para te amar eternamente.

NESTAS DUNAS BATIDAS

PELO VENTO

 

Aqui

Onde escorre a água, o sal e o sol

E a gaivota dança ao sabor do tempo

Nestas dunas batidas pelo vento

Te possuí mil vezes.

 

Aqui

Te imaginei barco e espuma navegando

A fúria deste mar que todo sou eu.

 

Aqui

Também tu foste mar, corpo e céu

Confluência de luxuria e prazer.

 

Aqui

Te largo e abandono desesperado

Cortando as amarras que nos uniram.

 

Vai.

Foge para longe do pensamento

Não quero mais viver este momento

Em que te sei navegando em outros mares.

 

Vai.

Não pares.

 

Não pares nunca.

 

Aqui

Te deixo o amor e a recordação

De um sonho vivido intensamente.

 

Vai.

Mulher sublime e generosa.

 

Acolhe-te a outro campo, a outra árvore

Que aceite a partilha e a angústia.

 

Eu não sou capaz de viver

Em posse dividida e desespero.

O MEU CORPO NÃO CONSEGUE

 

Por mais que te deseje

E te queira amar

O meu corpo não consegue

Porque não deixa de pensar

Onde mergulhas os sonhos.

 

Vivo atormentado por fantasmas.

 

Não sei se te amo, se só te desejo

Neste impulso carnal-infernal

Nesta vertigem onde as nossas bocas

Se confundem com outras bocas.

NUNCA MAIS PODEREI ESQUECER

 

Por mais que queira

Transformar o amor num acto trivial

Contigo não consigo.

 

Foram demasiados belos os momentos,

Surpresas raras, sonhos impossíveis

Que tu me ofereceste.

 

E tudo isso que me deste

Nunca mais poderei esquecer.

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