A OUTRA BANDA
CACILHAS |
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Na margem esquerda do estuário do Tejo florescem povoações antiquíssimas e prósperas. Pode viajar de barco ou de autocarro nº. 52 - 53 Viajar até Cacilhas e admirar de barco a Lisboa que se espreguiça nas margens do Tejo é uma visão inolvidável. A viagem pouco mais tem que um preço simbólico e quem passa por Lisboa não deve perder a oportunidade desta viagem de menos de 10 minutos na travessia do Tejo. Em Cacilhas tem inúmeros transportes para as praias que ali estão a poucos minutos de distância. Na igreja do Bom Sucesso observe os azulejos dos finais do século XVIII. Os restaurantes à beira Tejo ou nas ruas que sobem até Almada são uma alternativa diferente para quem deseja desfrutar dos sabores envolventes das terras que olham Lisboa. |
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ALMADA
Almada está ligada a Cacilhas. Uma e outra confundem-se mas, Almada beneficiando da ligação através do rio e da ponte construída em 1966 desenvolveu-se imenso. Cacilhas não tem por onde fugir. Vive da fama de ser a mais vista de Lisboa e cais de idas e vindas. Até os barcos de transporte lhe cobiçaram o nome. São os Cacilheiros. Almada, além da igreja da Misericórdia, século XVI, e a igreja de Santiago onde consta estar sepultado Fernão Mendes Pinto, 1509-1583, o aventureiro e escritor da "Peregrinação" cujos factos por ele vividos pareciam inverosímeis. Hoje tem-se a certeza que foram verdadeiros. No entanto, os seus concidadãos julgando que algumas daquelas narrativas eram pura invenção, troçavam dele jogando com o nome, ao fazer o trocadilho: Fernão, mentes? _ Minto. É o Monumento a Cristo-Rei que chama as atenções para Almada caso contrário a pequena e simpática Cacilhas seria sempre o ponto de referência de todos os que visitam a capital e pretendem ir à outra banda. O Monumento foi erguido por um voto feito pelo Episcopado Português, caso Portugal não entrasse na II Guerra Mundial.
COSTA DA CAPARICA
O ouro que até ao século XIX brotou da fecunda mina da Adiça transformou-se em 15 fecundos quilómetros de areia e água puríssimas na Costa da Caparica. É para lá que todos os anos, dezenas de milhar de veraneantes se dirigem e usufruem do bem estar onde se conjuga o ar da mata, o gosto da areia branca e um mar a perder de vista e de prazeres. Por aqui fora "navegariamos" se o livro não fosse Lisboa e as suas margens.
Mais informação: Tel. 212900071
MONTIJO
Fecho o circuito possível com Montijo. Viajar até Montijo é usufruir de um passeio um pouco mais longo e por isso mais meditativo: podemos rever a partida dos marinheiros à descoberta do infinito e onde a vista de Lisboa e das pontes que baloiçam sobre o rio são outros monumentos a redescobrir. O Montijo era terra de pescadores e salineiros, hoje transformou-se numa próspera cidade onde as fábricas de cortiça, a preparação de carnes, as rações e os adubos, se destacam. Foi ponto de passagem obrigatória para o Sul, tendo aí sido colocada em 1533, pelo Correio-Mor Luís Afonso, a sede da Posta do Sul. A povoação é muito antiga, atestam-no os serviços prestados ao reino e à república. As ruínas do Convento de S. Francisco datam de 1475. A igreja de S. Sebastião ou da Misericórdia é de 1533. A igreja matriz vem do século XVI. A capela-mor é manuelina e uma boa parte está apainelada com azulejos do século XVIII. Aproveite a viagem para aí almoçar uma das especialidades; a Caldeirada à Pescador, as Enguias Fritas com Açorda, os Lombinhos de porco com Açorda ou Entrecosto com Migas.
Mais informação: Tel. 212310962 |
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