QUELUZ

Queluz é o seu Palácio (século XVII). O visitante vai a Queluz para visitar esta jóia da coroa (agora da República). É um hino ao sonho. Desde os jardins onde o deus do mar, Neptuno, pontifica à fachada da Cerimónia, o Canal Grande, a estatuária esplendorosa, os azulejos e os fontanários até ao edifício.

Quem já percorreu os lugares do barroco: S. Vicente, Santa Engrácia, a fachada de A Brasileira, o Teatro Ginásio, o Aqueduto das Águas Livres tem aqui no Palácio de Queluz a verdadeira ilusão de um espaço ampliado para além da real dimensão do edifício.

O interior deslumbra pela riqueza e pelo gosto: desde a Sala do Trono, o quarto D. Quixote, as pinturas e o tecto circular, o pavilhão Robillon, a escadaria dos Leões, a talha dourada, os espelhos, os lustres de cristal, tudo no lugar certo e tudo sem tempo. A deslumbrar os séculos.

Se tomar o comboio na estação do Rossio, desça em Queluz-Belas.

CASCAIS

É a simplicidade aristocrática elevada ao extremo. Tudo é calmo, limpo, organizado e sem atropelos desnecessários. A vida não parou. Os pescadores ainda lá estão como sempre lá estiveram desde o século XII. Tudo se processa sem arrogância.A beleza e a amenidade do clima influencia a amenidade entre as pessoas.

Em Cascais, as pequenas casas de sabor bem português misturam-se com originais palacetes e o conjunto acarinha a baía, entra nela ou envolve-se com ela sem agressões inúteis. A Casa dos Condes de Castro Guimarães é um desses exemplos. Hoje, biblioteca e museu é digna de visita.

A Cidadela alberga a ermida de Nossa Senhora da Vitória com azulejos do século XVIII e interessante talha barroca.

O visitante amante da arte sacra tem, num curto espaço, o Convento dos Capuchinhos, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, a Igreja da Misericórdia e a Igreja de Nossa Senhora da Guia.

No caminho para o ponto mais ocidental da Europa, o Cabo da Roca, encontra-se a Boca do Inferno. Aqui o mar e a terra abraçam-se violentamente. Um pouco adiante,uma praia de areia finíssima mas de mar revolto; a praia do Guincho.

Se for de comboio tem de se dirigir à estação do Cais do Sodré.

Mais informação: Tel. 214868204

ESTORIL

De braço dado com Cascais, o Estoril beneficia do mesmo clima e da mesma limpidez do céu e das águas. É também aconchego de quem deseja descansar sem a turbulência das grandes cidades embora possua todos os divertimentos e passatempos que possa desejar. Campos de Golfe, Autódromo, Ténis, Vela, Natação, Casino. Só tem de escolher.

O Estoril é ainda águas salutares, e um sitio de praias: São João, São Pedro e Monte Estoril. Tudo aqui se conjuga para o prazer e para o descanso e saúde do corpo. Para aqueles que além do prazer espiritual, privilegiam também o prazer da cultura, a Igreja de Santo António, com as imagens, a talha dourada e os azulejos, é propícia a uma cuidada meditação.

Se for de comboio, tem de ir à estação do Cais do Sodré.

Mais informação: Tel. 214463813

MAFRA

Mafra é o seu convento embora a igreja de Santo André, com o seu pórtico românico e amaneirada ao estilo gótico mereça uma visita.

O Convento de Mafra ergue-se em louvor a Deus e ao suor dos homens; chegaram aí a trabalhar 52000 e demorou 13 anos a construir. Ocupa 40000 metros quadrados, tem 5200 portas e janelas, 880 salas, 300 celas e duas torres com 70 metros de altura cada. Os seus carrilhões são dos mais célebres do mundo: têm 93 sinos; 46 na torre norte e 47 na torre sul. Os maiores chegam a pesar 10000 quilos. Eram o orgulho da corte sempre que tocavam composições cuja sonoridade e beleza a todos impressionava. Os sinos das horas são outros monumentos de peso; 12000 quilos cada e o badalo fica-se pelos irrisórios 293 quilos; e ainda esqueço os seis fabulosos órgãos. Tudo proporcional aquele monstro de grandiosidade e beleza onde a estatuária, a pintura, os paramentos religiosos não ocupam lugar de menor importância.

Aquilo que me deslumbra é a biblioteca: 35000 volumes raros onde o saber se guarda dos olhares de muitos que aí não chegam.

A tapada anexa, de fauna e flora exuberantes, é o lugar onde o corpo corre depois do espírito ter ficado saciado e deslumbrado com tanta grandiosidade e tanta singeleza. O rei D. João V (1706-1750) construiu para o futuro e o futuro ainda não é suficientemente longo para dar valimento a tão grande obra.

Tudo é de todos. Mergulhe na cultura e absorva o ar puro de uma terra e um monumento saudáveis.

Somos todos cidadãos do mesmo mundo. Sá falta compreender isso. Portugal pode ser o princípio do amor.

Mais informação: Tel. 261812023

Página anterior - Página principal - 20 - Página seguinte