Depois de escolher a rua é só descer e ver as transversais à medida que passa. Observe os edifícios, os estabelecimentos, as igrejas. Na transversal rua de Santa Justa tem uns Correios e o interessante Elevador de Santa Justa, construído pelo Eng. Raúl Mesnier e inaugurado em 1901, estilo Arte Nova, que o levará também, directamente, ao Bairro Alto e às ruínas do Carmo.

O convento do Carmo foi mandado construir, nos finais do século XIV, pelo condestável D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431). Ele largou aí as armas de guerreiro invencível e entrou no Mosteiro, em 1416, como monge piedoso, venerado e beatificado em 1918, pela igreja católica. Hoje, além das ainda imponentes ruínas góticas, a fachada, os arcos, uma parte do coro do Convento do Carmo, restam cinco capelas cobertas e está aí instalado um valioso Museu Arqueológico.

Continue a descida para o Tejo, pela rua que entender.

Visite as Termas Romanas com entrada perto do nº. 77 na Rua da Conceição (rua transversal), junto à paragem de um dos eléctricos mais procurados, o 28, pois faz um circuito que passa perto do Castelo, pela Igreja de S. Vicente, pela Feira da Ladra e a dois passos do Panteão Nacional.

Finalmente chega ao Terreiro do Paço ou Praça do Comércio.

Iluminada pelo esplendoroso sol português e refrescada e aromatizada pelo rio - mar, a Praça do Comércio mais conhecida por Terreiro do Paço por aí terem sido construídos os Paços da Ribeira, é a sala de visitas e o átrio desta cidade, sempre de braços abertos para receber todo o mundo.

A praça está enquadrada pelos edifícios mandados construir pelo Marquês de Pombal depois de o Terramoto de 1755 ter feito desaparecer o Palácio da Ribeira e toda a estrutura envolvente.

O Terreiro do Paço é uma bela Praça com 86 arcos. O traço é do arquitecto Eugénio dos Santos. Destaca-se o Arco Triunfal da rua Augusta encimado pelas estátuas ao Génio e ao Valor, assim como os pilares em que assenta a alma portuguesa: os homens, Viriato, chefe dos Lusitanos; Nuno Álvares, herói da independência; Vasco da Gama, o primeiro que chegou à Índia por mar e o Marquês de Pombal que reconstruiu Lisboa.

No centro da praça ergue-se a estátua do rei D. José I (1750-1777), obra do escultor Machado de Castro. Tem 14 metros de altura, foi a primeira estátua em bronze fundida em Portugal. No pedestal tem as imagens da Fama e do Triunfo e um medalhão, em bronze, com a efígie em relevo do Marquês de Pombal.

Sob as arcadas, do lado oeste, vamos encontrar uma eficiente Estação dos Correios, alguns alfarrabistas e junto ao rio vendedoras de flores e um ou outro artigo de ocasião, segundo a época do ano: fatos de banho, guarda-chuvas ou agasalhos.

No cais das colunas, que foi praia e ancoradouro de outros navios até finais do século XIV, encontra agora os barcos para a outra banda; para o Barreiro, para o Montijo, para o Seixal e Cacilhas.

Entre Abril e Outubro a Transtejo, Tel. 21 882 03 48, Fax: 21 882 03 65 organiza cruzeiros no Tejo que partem da gare fluvial da Praça do Comércio.

Em Cacilhas pode ir de autocarro até à Costa da Caparica. Praia imensa, de areia muito fina e de águas límpidas e saudáveis.

Os barcos para Cacilhas com transporte de viaturas saem do Cais Sodré.

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