manterem num Governo que era de aprovação da maioria dos portugueses e que produziu trabalho muito válido.

Ramalho Eanes resolve formar um Governo Presidencial. Acaba por formar três, chefiados por: Nobre da Costa, Mota Pinto e Maria de Lurdes Pintasilgo.

Em 1979 o PPD e o CDS juntos vencem as eleições. Formam a Aliança Democrática (AD). É escolhido Sá Carneiro como Primeiro-Ministro. O país começa a recuperar e tudo parece caminhar no bom sentido mas, Sá Carneiro, tal como já tinha acontecido com Mário Soares, entrou em confronto com Ramalho Eanes e decidiu não o apoiar para as Presidenciais. Infelizmente, Sá Carneiro e o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, um dos homens mais inteligentes e honestos com quem tive a honra de conviver, faleceram num desastre de aviação. Ramalho Eanes acabou por ser reeleito.

Em 9 de Janeiro de 1981, o 7º Governo Constitucional é presidido pelo Dr. Pinto Balsemão.

A Assembleia da República dá o primeiro passo para a normalidade democrática: foi suprimido o Conselho da Revolução.

Sem o chefe carismático que era Sá Carneiro, a AD acaba. Em 1983, Mário Soares, forma, de novo, Governo em coligação com o PSD. É o "Governo do Bloco Central".

A situação do país continua grave. O problema dos desalojados de África ainda não está resolvido. A maioria das empresas, tanto públicas como privadas, encontram-se em situação difícil. Mário Soares pede estabilidade política, mas o Presidente da República e o Primeiro Ministro, detestam-se mutuamente.

Aparece um novo partido político, o PRD.

Em 1 de Junho de 1985, Portugal entra na CEE.

Ramalho Eanes, mais uma vez, decide dissolver a Assembleia da República a 27 de Junho de 1985. Volta a instabilidade.

Hermínio Martinho que está à frente do PRD, declara que Ramalho Eanes será o presidente do partido no ano seguinte.

Em 1985 o PSD ganhou as eleições legislativas. O Professor Aníbal Cavaco Silva, que já tinha sido Ministro das Finanças, foi empossado como Primeiro Ministro.

Em 1986 é eleito Mário Soares como Presidente da República. O Governo de Cavaco Silva pode governar com a estabilidade que os anteriores não conseguiram. A recuperação do país torna-se evidente. Os fundos estruturais da Comunidade Europeia são um suporte precioso.

Mas o PRD, agora com Ramalho Eanes, força a queda do Governo através de uma moção de censura. Foi um desastre. O PSD sai reforçado das eleições e Cavaco Silva, foi de novo, empossado como Primeiro-Ministro.

Otelo, o estratega do 25 de Abril, é condenado a 15 anos de prisão por pertencer às FP 25 de Abril, as quais tinham cometido atentados, assaltos e algumas mortes. Cumpre pouco mais de um ano de prisão.

Em 1991, Mário Soares volta a vencer as eleições para a Presidência da República. Cavaco Silva continua como Primeiro-Ministro. Portugal entra no ritmo europeu. O desenvolvimento começa a processar-se segundo os padrões da Europa evoluída.

Em 1995 o Partido Socialista vence as eleições Legislativas. António Guterres é empossado Primeiro-Ministro.

Em 1996 é eleito Presidente da República Jorge Sampaio.

A nova moeda portuguesa e europeia, o EURO, vai tornar-se realidade, com o valor facial de 1, 2, 5, 10, 20, 50 cêntimos e 1 e 2 euros, em moeda metálica. As notas terão o valor de 5,10, 20, 50, 100, 200, 500 euros e serão comuns em Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Irlanda e Finlândia. A Dinamarca, o Reino Unido e a Suécia decidem ainda não adoptar o euro.

O SEBC (Sistema Europeu de Bancos Centrais) passa a dirigir toda a política monetária e o BCE (Banco Central Europeu) passa a controlar a emissão das notas em todos os Estados membros.

Em 1998, Portugal realizou a última grande exposição deste milénio. Foi a homenagem ao mar que semeou os portugueses pelo mundo.

Neste mesmo ano, José Saramago recebe o Prémio Nobel de Literatura.

No final de século devolvemos Macau à China.

Em 1999, António Guterres ganha, de novo, as eleições. Mas convencido que o País caminha para o descalabro e conhecedor da sua incapacidade em resolver a crise, pede renúncia do cargo, a meio do mandato.

Os dirigentes do PS, apanhados de surpresa, ficam estupefactos. A "máquina" partidária baixa os braços; sente-se frustrada e traída. O PS não teve coragem de ganhar as eleições apesar de fingir que lutava para isso.

As eleições de 17 de Março de 2002 dão a vitória ao PSD que, para governar com maioria absoluta, se vê forçado a partilhar o Governo com o PP-CDS. O Primeiro-Ministro é Durão Barroso.

O País está de olhos postos em Durão Barroso, Paulo Portas e Manuela Ferreira Leite. Os dois primeiros, lideres dos dois Partidos, e Manuela Ferreira Leite, ministra de Estado e das Finanças, a quem cabe fazer o milagre de reparar os estragos da Governação anterior.

Com o Governo a todo o vapor, a União Europeia convida Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia. É uma honra e a possiblidade de Portugal demonstrar as suas capacidades. Ponderados os Prós e os Contras, Durão Barroso aceita. Para o substituir e como Primeiro-Ministro fica Santana Lopes. Toda a oposição viu aqui a oportunidade para capitalizar algum descontentamento da massa popular. Não foi bonito. Santana foi de tal maneira amesquinhado que o Presidente da República se viu forçado a demiti-lo e a convocar eleições.

Em Setembro de 2004 o ensino obrigatório passa para 12 anos.

Em 20 de Fevereiro de 2005 o PS ganha as eleições com maioria absoluta e José Socrates é eleito Primeiro-Ministro. O País acalmou, mas a tarefa do Ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha não é nada fácil, passados quatro meses demite-se por cansaço e por discordância com o Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que insiste em levar por diante o comboio de alta velocidade, TGV; e o aeroporto da Ota. É substituído por Fernando Teixeira dos Santos

O português só é grande quando enfrenta o impossível. São os trabalhos difíceis que o excitam e motivam. Todos os povos do mundo nos reconhecem essas qualidades, a prová-lo está a escolha de Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia e António Guterres para uma missão impossível. Foi nomeado para alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Ninguém deve esquecer que a língua portuguesa é a sexta mais falada no mundo, em 6700 línguas diferentes. Esta é a nossa riqueza. A outra é a nossa inteligência.

Estuda, trabalha, diverte-te. Obriga-te a ser o melhor entre os melhores. Não te envergonhes de o ser, mas não inches como o pavão. És melhor porque és melhor, porque sabes mais, porque as tuas opiniões e os teus raciocínios são os mais correctos e os melhor ponderados. O mundo desafia-te. Aceita o repto. Bebe, sem complexos, nas Universidades Portuguesas, Inglesas, Alemãs, Americanas e Japonesas o que há de mais avançado no mundo, mas semeia, com rigor e competência, o que aprendeste.

A grande aposta dos próximos séculos está ao alcance de todos. Portugal conquistou e foi conquistado pela Europa. Passámos de 10 milhões a 350 milhões, mais 190 milhões de fala portuguesa. Estamos num universo de 550 milhões de almas, onde podes navegar.

O Quinto Império profetizado por Vieira, Pessoa e Agostinho da Silva está aí: é o império do conhecimento, do saber, da cultura, do progresso e do bem-estar para todos.

A imaginação, a inteligência, a audácia e a vontade guiaram D. Afonso Henriques, D. Dinis, o Infante D. Henrique, Afonso de Albuquerque, D. João de Castro, Luís de Camões, António Vieira, Fernando Pessoa e tantos outros. Eles fecundaram o mundo do seu tempo. Agora é a tua vez.

Hoje, os navegadores do pensamento e da acção encontram-se ao leme do Governo, na Assembleia da República, no Parlamento Europeu, nas Repartições Públicas, nas Câmaras Municipais, nas Juntas de Freguesia, na Indústria, no Comércio, na Agricultura, nos Serviços. Outros, como Ana Filgueiras, Ana Teresa Tavares, António Carrapatoso, António Dias Sequeira, António Manuel L. dos Santos, António Vitorino, Assunção Esteves, Clara Ferreira Alves, Conceição Oliveira, Eduardo Marçal Grilo, Fernanda Rolo, Ferraz da Costa, João César das Neves, José Ribeiro e Castro, Julieta Monginho, Leonor Machado, Ludjero Marques, Maria João Rodrigues, Marques Mendes, Martins da Cruz, Mafalda Mendes de Almeida, Miguel Ângelo Canaria Ribeiro, Miguel Sousa Tavares, Nuno Rogeiro, Paula Martinho da Silva, Pedro Gil Ferreira, Rogério Alves, Raquel Seabra de Sousa, Sérgio de Figueiredo, Vital Moreira, Vitor Constâncio, são a reserva visível deste país de sonhadores e construtores de mundos.

Esta síntese da história portuguesa serve para te recordar, em poucas páginas, como foi possível, a partir de um grão de pensamento, construir um país. Não O deixes destruir.

Têm sido cometidos muitos erros por falta de profissionalismo; por se privilegiar, sistematicamente, o acessório em deterimento do essencial. Isto é inademissível num País que quer ocupar um lugar cimeiro na Europa e no resto do mundo.

Recusa a demagogia. Não te deixes impressionar pelas palavras. O mundo, e todos os portugueses têm o direito a beneficiar da tua inteligência e da tua competência. Portugal és tu. Sê digno da nossa confiança e a esperança de um Portugal feliz e eterno.

PRESIDENTES DA REPÚBLICA

Teófilo Braga 1910-1911 ----------- Gomes da Costa 1926-1926
Manuel Arriaga 1911-1915 --------- Óscar Carmona 1926-1951
Teófilo Braga 1915-1915 ----------- Craveiro Lopes 1951-1958
Bernadino Machado 1915-1917 -- --Américo Thomaz 1958-1974
Sidónio Pais 1817-1918 --------- ---António Spínola 1974-1974
Canto e Castro 1918-1919 ------ ---Costa Gomes 1974-1976
António J. de Almeida 1919-1923 ---Ramalho Eanes 1976-1986
Teixeira Gomes 1923-1925 --------- Mário Soares 1986-1996
Bernadino Machado 1925-1926 ---- Jorge Sampaio 1996-2006
Mendes Cabeçadas 1926-1926

PRIMEIROS-MINISTROS

Teófilo Braga 1910-1911
Pinheiro Chagas 1911-1911
Augusto Vasconcelos Correia 1911-1912
Duarte Leite Pereira 1912-1913
Afonso Costa 1913-1914
Bernardino Machado 1914-1914
Azevedo Coutinho 1915-1915
José de Castro 1915-1915
Afonso Costa 1915-1916
António José de Almeida 1916-1917
Afonso Costa 1917-1917
Sidónio Pais 1917-1918
Tamagnini Barbosa 1918-1919
José Relvas 1919-1919
Domingos Leite Pereira1919-1919
Alfredo de Sá Cardoso 1919-1920
Francisco Costa 1920-1920
Alfredo Sá Cardoso 1920-1920
Domingos Leite Pereira 1920-1920
António Maria Baptista 1920-1920
José Ramos Preto 1920-1920
António Maria da Silva 1920-1920
António Granjo 1920-1920
Álvaro Xavier de Castro 1920-1920
Liberato Pinto 1920-1921
Bernardino Machado 1921-1921
Tomé de Barros Queirós 1921-1921
Manuel Maria Coelho 1921-1921
Carlos Maria Pinto 1921-1921
Cunha Leal 1921-1922
António Maria da Silva 1922-1923
António Ginestal Machado 1923-1923
António Xavier de Castro 1923-1924
Alfredo Rodrigues Gaspar 1924-1924
José Domingos dos Santos 1924-1925
Vitorino Máximo de Carvalho 1925-1925
António Maria da Silva 1925-1925
Domingos Leite Pereira 1925-1925
António Maria da Silva 1925-1926
Mendes Cabeçadas 1926-1926
Gomes da Costa 1926-1926
Óscar Carmona 1926-1928
José Vicente de Freitas 1928-1929
Artur Ivens de Carvalho 1929-1930
Domingos Oliveira 1930-1932
Oliveira Salazar 1932-1968
Marcello Caetano 1968-1974
Adelino Palma Carlos 1974-1974
Vasco Gonçaves 1974-1975
Pinheiro de Azevedo 1975-1976
Mário Soares 1976-1978
Nobre da Costa 1978-1978
Mota Pinto 1978-1979
Maria de Lurdes Pintasilgo 1978-1979
Francisco Sá Carneiro 1980-1980
Francisco Pinto Balsemão 1981-1982
Mário Soares 1983-1985
Aníbal Cavaco Silva 1985-1995
António Guterres 1995-2002
Durão Barroso 2002-2004
Santana Lopes 2004-2005
José Sócrates 2005


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