Há mulheres que não se esquecem

A todas as mulheres do mundo que, envergonhadas nas aras do preconceito, se esquecem de viver a vida com toda a força do seu coração e da sua inteligência.E ao meu amigo, Manuel da Silva Guimarães, que há 14 anos explorou comigo o espaço proibido onde os espíritos flutuam e onde ele hoje se encontra.

Este livro é uma singela homenagem à mulher que lutou contra a discriminação no mundo. A ela se opuseram os Serviços Secretos de duas potências mundiais.
Nesta primeira abordagem, dou uma visão do seu percurso e digo como se processou o atentado que a vitimou.
Num segundo livro, e adoptando um processo invulgar, talvez consiga apontar os culpados, se eles o permitirem...

Autor: Cunha Simões

Fotocomposição
Montagem e Impressão:
Prima, Lda
Tef.: 249 881 397
Fax.: 249 881 397
2380 Alcanena

Depósito legal Nº 115662/97
ISBN: 972-95374-7-X

Copyright:Fernando José Côrte-Real Cunha Simões

É um livro diferente. Dedicado a mulheres que são diferentes.

Levanta a cabeça,
Mulher.
Olha de frente
O Sol
Teu irmão, fecundo
Como tu.

Pedem-te o sacrifício
Do amor.

Não aceites.

Tu não és corpo inerte.
Tu és semente.
Sem ti não há fruto.

Levanta a cabeça,
Mulher,
E diz não ao sacrifício.

Invoco Diana, princesa de Gales, e o Dr. Manuel da Silva Guimarães para que me iluminem no caminho da verdade
OS HOMENS SÓ DEVIAM SER CONSIDERADOS ADULTOS
A PARTIR DOS 35 ANOS

Apesar de o homem ser uma criança quase toda a vida e só por volta dos sessenta anos estar um pouco mais sensível e sensato, temos de lhe conceder o benefício da vontade em querer acertar no que diz e no que faz, para o considerar adulto aos 35 anos e apto a respeitar o ser do sexo oposto.
O que acabo de dizer é fruto de um estudo de mais de 40 anos e vem a público por causa da infeliz morte de Diana, princesa de Gales.
Repito: os homens só deviam ser considerados adultos aos 35 anos e com sérias reservas.
Podia haver um segundo bilhete de identidade de adulto que só deveria ser passado depois de o homem ter respondido a perguntas sobre amor, vida familiar, trabalho e relações públicas.
O homem é uma criança trôpega e infeliz.
A mulher nasce com a marca dos deuses. Só erra quando influenciada negativamente pelo homem.
Diana foi vítima de um adolescente imaturo a quem a sociedade concede a maioridade por uma questão de pressa.
É um mundo suicidário que teima no erro, no egoísmo e na força irracional dos homens.


A MULHER QUE TODOS OS HOMENS SONHAM
E TODAS AS MULHERES GOSTARIAM DE SER NÃO AGRADOU A CARLOS

A vida é complicada até para os príncipes. Ninguém está feliz com o que possui; Carlos não fugiu à regra.
Diana a doce, a mulher tímida, a mulher sensual sem agressividade, a mulher elegante, fazia mais sonhar do que perder a cabeça dos homens e das mulheres. Ela tinha o carisma dos predestinados. Carlos não entendeu que tinha casado com uma mulher excepcional. O que para milhões era evidente, para ele não passou de um acto imposto.
Ele teria pensado que era um dever. Ela servia a casa real e os deveres não se agradecem.
Diana gostaria de sentir um Carlos amável e amoroso. A sua distância desesperava Diana. Ela necessitava de atenções, de pequenos mimos. Carlos continuou insensível e exagerou nas suas escapadelas até Camilla.
Diana veio engrossar a galeria de mulheres proibidas de serem felizes.
Maria Callas, Marilyn Monroe, Rita Hayworth são o rosto visível de personagens criadas em romances que nos dizem que as mulheres suspiram, têm emoções e amam fora do circulo em que são humilhadas.
A mulher revela-se com docilidade e só foge para os braços de outro homem porque o que escolheu não a entende, não a satisfaz, não é o homem que lhe merece respeito.
Diana suportou tudo menos a infidelidade continuada e assumida.
Diana sabia da vida o que a intuição lhe ensinava.
Sabia conter-se, sabia ser elegante, e bonita sem ser arrogante.
Aos prazeres e aos contactos violentos ela preferia a doçura, o encanto, a palavra amável, a frase de amor, uma rosa.
Mas o homem, todo o homem normal é um anormal nas coisas de amor. É violento por sofreguidão e sádico por instinto.
Os homens, quando são desastrados, não há nada a fazer.
Diana era suave e gentil. Não suportava a dor física, nem a posse violenta. Isso perturbava-a, desorientava-a. Para Diana, o amor era o reflexo da palavra e tudo quanto de terno e carinhoso tem a entrega de uma mulher na união com o homem.
A simplicidade de Diana, a sua naturalidade esteve patente em todos os seus actos; desde os mais simples aos oficiais e aos protocolares. Ela manteve-se sempre uma mulher sem afectação.
Os pintores Richard Foster, Emily Patrick, Nelson Shanks, Israel Zohan, Douglas Anderson e Henry Mel mostraram-na como a sentiram. Ela não comentou. Cada um podia vê-la como entendesse.
Diana era demasiado bela para que eles conseguissem captar o corpo, os sentimentos e a expressão.
Todas as pessoas que conheciam Diana adoravam-na. Observe-se o riso feliz de Jacques Chirac, de Madre Teresa de Calcutá, de Grace Kelly. Todos seduzidos pelo encanto e pela naturalidade da princesa. Só Carlos conseguiu o impossível: não amar Diana.
É fundamental que os homens tenham lições de amor desde o berço. Salvava-se o mundo e não tínhamos de assistir a tantos dramas e a tantas tragédias.
O amor devia ser uma disciplina autónoma e obrigatória desde a pré-primária até à saída da universidade.
A mulher não precisa destas lições. O amor é inato. Nasce com ela e, muitas vezes, sufoca-a. É o amor de mulher, de mãe, e de amante que ela não consegue separar.

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